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34. PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO

˖࣪ ❛ PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO
— 34 —

O SOL ESTAVA baixo no céu, lançando um brilho laranja quente sobre a pequena varanda onde Kiara Black, seu pai Billy e seu melhor amigo Paul Lahote estavam reunidos. Uma brisa suave agitava as folhas das árvores ao redor, criando uma melodia suave que parecia estar em desacordo com a atmosfera pesada que os envolvia. Billy tomou um gole de chá morno em uma caneca velha e rachada, lendo 'O Melhor Pai do Mundo', enquanto Kiara e Paul seguravam uma cerveja.

Nas semanas que marcaram a ausência de Jacob, as coisas começaram a voltar ao normal em La Push. Sam havia dito aos Anciãos que esta era sua matilha, e que Rosalie e Kiara eram um relacionamento com o qual eles teriam que lidar, pois ele não iria impedi-las de ficarem juntas. Billy e Kiara estavam resolvendo seus problemas e, embora houvesse muitas lágrimas de ambos os lados, foi uma decisão unânime de que Billy estava errado.

O homem estava trabalhando duro para reconquistar a confiança de Kiara e, embora soubesse que eles nunca voltariam a ser como eram antes, estava grato por tê-la em sua vida. Ele perdeu de vista o que isso significava para ele quando ela quase morreu buscando sua aprovação, e jurou que nunca mais a faria passar por isso novamente.

Paul passou a maior parte do tempo na casa dos Black desde que Jacob partiu. Billy gostava de ter o menino por perto e de ver o efeito que sua presença tinha em Kiara. Ele até fez vista grossa para Paul comprar uma cerveja para Kiara, já que ele era maior de idade e ela não. Ele sabia que os lobos não ficavam bêbados facilmente, mas parecia que Kiara e Leah tinham uma tolerância menor ao álcool do que o resto da matilha.

Paul quase preencheu a lacuna na casa que Jacob deixou para trás. Não foi nenhuma surpresa para os Cullen e o resto do bando quando souberam que Jake havia fugido após recitar o convite. Era mais do que apenas um casamento - era sobre Bella Swan sendo inevitavelmente transformada em vampira. Jake não poderia estar aqui para ver isso acontecer. Sua ausência era um vazio que pairava sobre a casa, lançando uma sombra sobre suas vidas.

— Eu simplesmente não entendo por que ele teve que fugir daquele jeito. — Kiara murmurou, sua voz cheia de frustração. — Não é como se Bella fosse a única garota no mundo.

Foi uma conversa repetida que todos tiveram. Todos entenderam - até mesmo Kiara - mas ela ainda expressava sua frustração com frequência. Eles tinham vislumbres dele em sua matilha aqui e ali, e Sam disse a ela que era semelhante a quando ela enlouqueceu e fugiu. Foi uma onda de emoções que surgiria, uma experiência dolorosa e desconfortável até que ele perdesse o sinal novamente.

Billy suspirou, seu rosto desgastado marcado pela preocupação. Ele estava preocupado com o filho, mas sua prioridade estava aqui, com Kiara.

— Kiara, você sabe que não é tão simples. Jacob sempre mostrou seu coração na manga, e quando ele viu aquele convite... Bem, isso o atingiu com força.

— Você vai, Billy? — Paul perguntou, tentando levar a conversa adiante antes de Kiara começar outro discurso retórico sobre Jacob e seu egoísmo. A verdade é que Paul meio que entendia de onde Jacob vinha. Quase metade dos lobos da matilha agora tinham uma marca, e embora ele gostasse de ver todos eles felizes, isso era meio chato. Sam tem Emily, Jared tem Kim, Kiara tem Rosalie, Quil teve um imprint com Taylor Young (irmã de Emily), e agora até Seth teve um imprint com Bree Tanner - a mais nova membro do clã Cullen.

Isso não caiu bem para os mais velhos, mais uma vez, mas Sam se manteve firme. Eles aprenderam com os erros que cometeram quando se tratava de Kiara e Rosalie, e Seth estava muito mais protegido do ataque de vozes e opiniões sobre a marca do que a garota. Ele passava cada minuto com Bree, em patrulha ou com Leah. Essa foi a única coisa que deixou Sue mais satisfeita - Seth nunca tirou o tempo que passava com sua irmã para estar com sua marca. Kiara sabia que por mais que Leah brincasse sobre isso, ela realmente apreciava isso.

— Sim. — respondeu Billy, olhando para o relógio como se estivesse esperando alguma coisa. Paul e Kiara trocaram um olhar confuso antes de se voltarem para o homem. Essa foi a terceira vez nos últimos dez minutos que ele consultou o relógio antes de olhar para o outro lado da rua.

— Jake precisa enfrentar seus sentimentos em vez de reprimi-los. — Kiara murmurou, seus dedos traçando a lateral da garrafa de vidro em sua mão. Paul quase suspirou enquanto ela continuava o mesmo discurso que ele ouvia quase todas as noites nas últimas semanas.

— Jake sempre foi teimoso. — Paul entrou na conversa. — Ele está convencido de que não voltará para casa antes do casamento. Acha que isso tornará as coisas mais fáceis. Acho que ele está certo.

— Mas não acredito que isso seja verdade. — interveio Kiara. — Ele pode dizer isso, mas no fundo está sofrendo e temo que ele possa fazer algo imprudente.

Os olhos de Billy encontraram os de sua filha, seu olhar cheio de uma mistura de compreensão e simpatia. — Você acha que Jake vai invadir o casamento?

— Não me surpreenderia. — respondeu Kiara.

Um pesado silêncio caiu sobre a varanda enquanto o trio contemplava a situação. O sol estava ainda mais baixo no céu, lançando longas sombras no quintal. Era como se a luz minguante refletisse a esperança cada vez menor que sentiam de uma solução pacífica.

— Eu não posso simplesmente sentar aqui e não fazer nada. — disse Kiara finalmente, com a voz determinada. — Preciso encontrá-lo, conversar com ele. Tentar fazê-lo entender que fugir não resolverá nada.

Billy colocou uma mão tranquilizadora no ombro da filha. — Kiara, eu sei que você se preocupa com seu irmão, mas tenha cuidado. Jacob está em um estado frágil agora. A última coisa que queremos é que as coisas piorem.

Os olhos de Kiara fixaram-se no pulso de Billy enquanto ele verificava o relógio mais uma vez.

— O que você está esperando?

— Huh?

— Você continua verificando seu relógio. — respondeu Paul, seus olhos piscando para Kiara enquanto respondia por ela. — O que você está escondendo, velho?

Billy deu um tapinha de leve no braço de Paul enquanto ele brincava sobre sua idade, indo pensar em uma desculpa antes que a cabeça de ambos os lobos disparasse em direção à estrada. Ele sorriu calorosamente, passando a cadeira por eles e em direção ao caminho de terra ao lado da casa quando um carro muito familiar parou na entrada.

Kiara abriu um enorme sorriso, quase jogando sua cerveja em Paul enquanto se levantava de seu assento na varanda e corria atrás de seu pai. O lobo mais velho ficou confuso, seus dedos ainda segurando firmemente as cervejas enquanto observava Billy e Kiara esperarem o carro parar na frente deles. Paul gentilmente colocou as garrafas no degrau, movendo-se um pouco para que o sol não brilhasse em seus olhos ao se pôr contra a linha das árvores.

O motor parou e a porta do lado do motorista se abriu. Uma mulher saiu, sua silhueta iluminada pela luz fraca. Ela era alta e graciosa, com cabelos ondulados que caíam em cascata pelos ombros como uma cachoeira de seda obsidiana. À distância, Paul notou que ela se parecia muito com Kiara e seu irmão, percebendo instantaneamente que devia ser Rachel ou Rebecca.

— Esta é Rachel, minha irmã mais velha! — Kiara gritou para Paul, deixando ela e seu pai se reunirem antes de arrastar Rachel para conhecer seu melhor amigo. Rachel sorriu calorosamente para o garoto bronzeado que estava encostado nos degraus da varanda, um sorriso suave e gentil no rosto enquanto permitia que Kiara a arrastasse para ele.

Rachel Black. O nome ecoou na mente de Paul, um nome que ele já tinha ouvido antes, mas um rosto que nunca tinha visto. Ele observou quando Kiara correu pelo quintal e virou Rachel para encará-lo. — E este é Paul Lahote, meu melhor amigo.

Quando o olhar de Rachel encontrou o seu, o tempo pareceu desacelerar. O coração de Paul disparou em seu peito e uma onda de choque de energia percorreu-o. Era como se tudo ao seu redor desaparecesse, deixando apenas ela - Rachel - em seu campo de visão. Seus pensamentos se espalharam como folhas ao vento, e ele se viu incapaz de desviar os olhos dela.

A voz de Kiara o trouxe de volta à realidade, o som distante e abafado como se viesse debaixo d'água. — Paul? Você está bem?

Ele piscou, seu foco voltando ao momento presente. Paul pigarreou, tentando recuperar a compostura. — Sim, desculpe. Apenas perdido em pensamentos.

Os lábios de Rachel se curvaram em um sorriso amigável, seus olhos escuros sustentando o olhar dele. — Prazer em conhecê-lo, Paulo.

— Da mesma forma. — Paul conseguiu dizer, embora sua voz tenha saído um pouco mais áspera do que ele pretendia.

As apresentações continuaram, mas a atenção de Paul permaneceu fixa em Rachel. Ele não conseguia se livrar da intensidade da conexão que sentia, uma atração que parecia vir de algum lugar profundo dentro dele. Era como se um fio invisível tivesse se tecido entre eles, unindo-os de uma forma que ele não conseguia explicar.

Ele sabia o que tinha acontecido - e estava ciente, pelos olhares de lado que ela estava lhe dando, que Kiara também sabia. Billy não parecia ter notado, o que ele presumiu ser uma espécie de bênção neste momento. Kiara puxou uma cadeira extra para Rachel quando elas concordaram em aproveitar ao máximo a luz do sol do lado de fora, sem perder tempo em se encontrarem. Billy sorriu enquanto olhava entre suas filhas, sabendo que uma viagem para La Push era o que Rachel precisava, e que ver sua irmã era o que Kiara precisava.

À medida que a conversa fluía ao seu redor, Paul se pegava lançando olhares furtivos para Rachel sempre que pensava que ninguém estava olhando. Ele ficou maravilhado com sua risada fácil e com a maneira como ela falava com uma confiança tranquila. Ela era tudo o que ele não sabia que procurava - uma presença que ele sentia falta sem perceber.

A voz de Kiara o trouxe de volta, desta vez com um tom travesso. — Paul, você parece muito quieto. Tem alguma coisa em mente?

Billy lentamente virou a cabeça para olhar para Paul, finalmente percebendo a forma como seus olhos estavam colados em sua filha. Ele oscilava entre todos eles antes de seus olhos se estreitarem um pouco, seus instintos paternais acelerando.

— Ei, Paul, por que você não vem me ajudar com o jantar na cozinha?

— Eu já comi. — respondeu Paul, com a voz um pouco rouca ao entender o duplo significado por trás das palavras de Billy.

— Ele está mentindo. — respondeu Kiara, com um sorriso malicioso no rosto enquanto mexia a panela. — Ele estava apenas me contando o quanto estava com fome. Além disso, eu e Rachel poderíamos ter uma conversa de garotas.

Paul Lahote sabia três coisas:

1. Kiara Black foi a ruína de sua existência.

2. Billy Black provavelmente estava prestes a tentar matá-lo.

3. Ele tinha acabado de ter um imprinting com Rachel Black.

Uma das vantagens de Jacob estar ausente era que ele havia deixado as chaves de sua moto para trás. Música para os ouvidos de Kiara, pois significava que ela não precisava se transformar toda vez que queria ir para a casa dos Cullen.

Rosalie ligou para ela, perguntando se ela tinha tempo para vir visitá-la, pois sentia falta dela. Kiara, sendo incapaz de dizer não à sua marca, imediatamente pediu licença e foi direto para encontrar Rosalie esperando por ela do lado de fora.

Edward era o único na casa, seus dedos pressionando com raiva as teclas do piano quando ela chegou. Ela foi perguntar o que estava acontecendo com ele, mas Rosalie fez sinal para deixá-lo em paz. Kiara fez uma anotação para perguntar sobre isso mais tarde. Ao chegarem à escada, Rosalie virou-se para Kiara com um brilho travesso nos olhos dourados.

— Você está prestes a testemunhar uma das tradições mais peculiares da nossa família. — disse ela, seus lábios se curvando em um sorriso brincalhão.

Kiara arqueou uma sobrancelha, intrigada. — Tradições peculiares? Devo me preocupar?

— Não preocupada, minha querida. Apenas divertida, espero. — Rosalie riu melodicamente, o som parecia uma doce melodia flutuando no ar da noite. Ela gentilmente pegou a mão de Kiara enquanto subiam o primeiro lance, antes de parar em uma grande instalação de arte que Kiara já havia notado antes, mas elas nunca tinham conversado muito sobre isso.

— Bonés de formatura? Certo?

Rosalie assentiu, observando enquanto Kiara estendeu a mão e passou a mão pela mais nova adição ao design. A cor amarela era a mesma que ela havia usado semanas antes, exceto que o leve cheiro dela a informou que era da formatura de Rosalie, Beverly e Emmett no ano anterior.

Rosalie riu, sua risada soando como um sino de cristal. — Veja, frequentamos o ensino médio a cada poucas décadas, para nos misturarmos ao mundo humano. E que melhor maneira de comemorar cada formatura do que preservando esses bonés?

Os olhos de Kiara brilharam com diversão. — Então, deixe-me ver se entendi. Você e sua família, que nunca envelhecerão um dia, repetem o ensino médio uma e outra vez só para se adaptarem?

Rosalie assentiu, sua expressão era uma mistura de diversão e exasperação.

— É uma necessidade, na verdade. Nem todos são bonés de formatura, para ser justa. — disse ela, apontando para um boné azul e branco no canto. Kiara sorriu, vendo as iniciais RH bordadas na lateral. — E com o tempo, passamos a abraçar o absurdo de tudo isso. Tornou-se uma espécie de piada corrente dentro da família.

Kiara se aproximou de uma moldura, estudando um boné enfeitado com pedras preciosas. De Alice. — É hilário e estranhamente cativante. Não consigo imaginar como é estar perpetuamente presa no ensino médio.

Os olhos de Rosalie suavizaram quando ela olhou para Kiara. — Tem os seus desafios, mas também nos deu a oportunidade de vivenciar épocas diferentes, de observar o desenrolar da história a partir de uma perspectiva única.

Kiara sorriu para Rosalie, inclinando-se para ela e dando um beijo suave em seus lábios. Ela olhou de volta para a parede da formatura com um enorme sorriso no rosto ao perceber que devia haver mais de cem bonés na parede atrás deles.

— Espere... Quantos diplomas você realmente tem?

— Bem, se você contar medicina, astrofísica, engenharia mecânica, vários diplomas do ensino médio...

Kiara revirou os olhos, empurrando levemente Rosalie pelo ombro antes de entrelaçar as mãos novamente. — Esqueça que perguntei. Sabe, eu costumava pensar muito sobre envelhecer. Costumava ter medo de envelhecer e perder as pessoas que amo.

O olhar de Rosalie fixou-se no de Kiara, uma compreensão profunda passando entre elas.

— Rosalie, há algo que eu quero que você saiba. — disse Kiara, já tendo mencionado o assunto antes, mas nunca tendo tido tempo para ter uma conversa adequada sobre isso. — Eu... Eu também não vou envelhecer.

As sobrancelhas de Rosalie franziram em confusão. — Mas você é basicamente humana, Kiara. Como pode dizer isso?

Um sorriso brincalhão surgiu nos lábios de Kiara enquanto ela falava as palavras que estavam queimando em seu coração. — Porque eu não sou uma humana, sou uma lobisomem. Enquanto eu continuar mudando, enquanto eu abraçar meu lado lobo, não envelhecerei como uma humana normal.

— Eu não pediria para você fazer isso. — Rosalie disse, sua voz firme enquanto pensava em Kiara desistindo de sua chance de envelhecer por ela.

— Não estou pedindo permissão.

Os olhos de Rosalie se arregalaram em compreensão, e então suavizaram com ternura. — Você faria isso? Você escolheria permanecer ao meu lado, para compartilhar esta existência sem fim?

Kiara estendeu a mão, traçando as linhas do rosto de Rosalie com um toque gentil. — Sim. Eu escolho você, Rosalie. Para a eternidade.

Lágrimas brilharam nos olhos de Rosalie, refletindo a luz da lua que se filtrava pelas janelas. Ela puxou Kiara para um abraço apertado, seus corações batendo em sincronia. — Nunca pensei que encontraria alguém que escolheria esta vida por mim, que caminharia de boa vontade ao meu lado por todos os tempos. Mas aqui está você...

Enquanto elas estavam ali, abraçadas, cercadas por bonés de formatura que testemunhavam a passagem do tempo, Kiara não pôde deixar de ficar quase animada com a ideia de crescer jovem com Rosalie. Os lugares que iriam, a vida que viveriam... E embora ela soubesse que teria que ver sua família envelhecer sem ela, nenhuma parte dela poderia imaginar uma vida sem sua marca ao seu lado.

— Se formos honestas. — Rosalie disse, sua voz um pouco mais séria agora. — Eu também tinha algo que precisava conversar com você - mas não é uma conversa divertida.

— Ótima maneira de aliviar a tensão ansiosa, Rose. — Kiara brincou, fazendo a loira revirar os olhos.

— Precisamos avisar você sobre nossa prima Irina.

— Okay?

— O companheiro dela era Laurent, um vampiro que se alinhou com Victoria e tentou matar Bella. Sua matilha o matou, e estamos preocupados que ela possa tentar retaliar durante o casamento.

Houve um momento de silêncio entre elas antes de Kiara suspirar e esfregar o rosto.

— Que maneira de arruinar o momento.

O ar fresco de La Push agitava as folhas enquanto Bella Swan estava sentada na beira do penhasco, com os olhos fixos no horizonte distante. O sol estava começando a se pôr, lançando um tom quente e dourado na paisagem. Seu coração dançava com uma mistura de excitação e nervosismo, o evento que estava por vir em sua vida era quase monumental demais para ser compreendido. Em poucos dias, ela se casaria com Edward Cullen, o amor de sua vida, o vampiro que conquistou seu coração de maneiras que ela nunca imaginou serem possíveis.

— Perdida em pensamentos de novo, Bella? — veio uma voz provocadora atrás dela. Bella se virou para ver sua melhor amiga, Kiara Black, se aproximando com um sorriso brincalhão no rosto.

Bella riu, um leve rubor tingindo suas bochechas. — Sim, você me pegou. Só estou tentando aproveitar a calmaria antes da tempestade.

Kiara sentou-se ao lado de Bella, seus longos cabelos escuros caindo em cascata sobre os ombros. — Você quer dizer a tempestade da felicidade matrimonial?

Bella revirou os olhos com um sorriso. — Mais como o caos do planejamento do casamento de Alice. Quem diria que seria tão... Intenso?

— Bem, você vai se casar com um vampiro, Bella. A intensidade vem com o território, eu acho. — Kiara brincou, com as pernas também penduradas na beira do penhasco. Ela olhou para Bella por um momento, com as sobrancelhas franzidas um pouco enquanto estudava a garota. — Veio perguntar sobre Jake?

— Não... — Bella refletiu antes de ver o olhar que Kiara estava dando a ela. — Talvez. Sim. Eu me sinto estranha por não tê-lo aqui.

Ambas compartilharam um olhar conhecedor, o vínculo entre eles mais forte agora do que nunca. Kiara e seu irmão ficaram gravemente feridos e quase morreram, certificando-se de que Bella estava a salvo do exército de recém-criados, e isso era algo que a humana nunca poderia pagar.

— Ele vai mudar de idéia. — disse Kiara, embora ambas soubessem que havia uma grande chance de Jake nunca superar a traição que sentia - mesmo que Bella não fosse dele nem de Edward e tivesse feito a escolha por conta própria. — Eu só espero que ele tenha um imprinting ou algo assim... Tornaria as coisas muito mais fáceis.

— Mais fácil é uma maneira de ver as coisas. — Bella respondeu, não totalmente certa de que a situação ficaria mais clara se ele o fizesse. — Ele teria que aceitar a impressão.

— Oh. — disse Kiara, com uma pequena risada nos lábios. — Não é assim que funciona, Bella. Nós automaticamente aceitamos a impressão, eu apenas escolhi forçar meu corpo a rejeitá-la. Não recomendado, por razões óbvias. Eu nunca pensei que aceitaria tanto os vampiros, muito menos me apaixonaria por uma deles.

Bella se virou para sua amiga, um sorriso suave nos lábios. — Você e eu, Kiara. Nunca imaginei que vampiros fossem reais, muito menos que amaria um vampiro, mas aqui estamos.

As duas amigas compartilharam um momento de reflexão silenciosa antes do lado brincalhão de Bella emergir. — Sabe, Kiara, eu tenho esse pesadelo recorrente de que vou tropeçar e cair de cara no chão enquanto ando pelo corredor.

Kiara caiu na gargalhada, o som ecoando pela tarde tranquila. — Bella Swan, a epítome da graça, tropeçando no dia do seu próprio casamento. Isso é algo que eu pagaria para ver.

Bella cutucou seu ombro, fingindo ofensa. — Ei, isso pode acontecer com qualquer um!

A risada de Kiara diminuiu e ela olhou para Bella com uma mistura de carinho e sinceridade. — Sabe, Bella, não importa o que aconteça naquele dia, você será a noiva mais linda. Tropeçando ou não.

Tocada pelas palavras da amiga, Bella sentiu um calor se espalhar por seu peito. — Obrigada, Kiara. Isso significa muito.

A conversa delas mudou, tomando um rumo mais alegre. — Então, como está tudo entre você e Rosalie? — Bella perguntou, com um brilho travesso em seus olhos.

As bochechas de Kiara coraram levemente, um sorriso brincalhão curvando seus lábios. — Oh, você sabe, o de sempre. Apenas passar meus dias com uma vampira deslumbrante e tudo... Mas não pense que não consigo ver através de você. Você geralmente não pergunta sobre nosso relacionamento - então o que você realmente estar querendo perguntar aqui?

Bella corou, sua habitual expressão tímida caindo em seu rosto enquanto ela se animava para fazer a Kiara a pergunta que ela queria saber há algum tempo. Ela e Edward já haviam conversado um pouco sobre isso, mas ela queria ouvir a perspectiva de outra pessoa antes de falar com ele sobre isso novamente.

— Quanto tempo demorou para você e Rosalie... Você sabe?

Os olhos de Kiara se arregalaram e então ela caiu na gargalhada novamente. — Bella! Eu não esperava essa pergunta!

Bella encolheu os ombros com um sorriso. — Ei, somos amigas, certo? Amigas discutem tudo.

Kiara balançou a cabeça, ainda rindo. — Bem, para responder à sua pergunta, não, ainda não. Tem sido... Complicado.

A curiosidade de Bella foi despertada. — Complicado como?

Kiara suspirou, sua expressão suavizando. — Rosalie e eu viemos de mundos tão diferentes, Bella. Não é apenas a coisa do vampiro-lobo. Nós duas tivemos nosso quinhão de dor e mágoa, eu sei que ela lhe contou seu passado... É acho que ambas estamos com um pouco de medo de... Nos perdermos uma na outra.

Bella estendeu a mão e colocou uma mão tranquilizadora no braço de Kiara. — Você a ama, não é?

Kiara assentiu com a cabeça, seu olhar distante, mas resoluto. — Mais do que jamais pensei que poderia amar alguém. E eu sei que ela também me ama. Mas o amor não apaga todos os medos e dúvidas, sabe? Há um aspecto de controle aí também - um movimento frio e errado poderia me matar - literalmente. Você pega veneno, claro, você se tornará um vampiro. Se eu pegar veneno... Bem, você sabe.

Bella assentiu, seu coração estava com a amiga. — Eu entendo, Kiara. Apenas lembre-se, o amor vale o risco. E além disso, pelo menos nenhuma de nós precisa se preocupar com a gravidez.

Kiara esboçou um pequeno sorriso, gratidão brilhando em seus olhos. — Obrigada, Bella. Eu precisava ouvir isso... A parte do risco - não a parte da gravidez. Então, quando você e Edward vão...

Enquanto o sol mergulhava no céu, lançando longas sombras na varanda, Bella e Kiara continuaram a conversar. Sobre o amor, sobre o futuro, sobre os desafios que enfrentaram. O vínculo entre elas ficou mais forte, uma prova do poder da amizade e da força duradoura do coração.

O sol aparecia por entre as árvores, lançando um brilho dourado e quente sobre a clareira do lado de fora da residência dos Cullen, onde aconteceria o casamento de Edward e Bella. Edward estava na beira da varanda de seu quarto, seus pensamentos eram um turbilhão de emoções. Amanhã ele se casaria com Bella, a mulher que conquistou seu coração e deu vida à sua existência aparentemente eterna. Ele voltou seu olhar para a luz do sol cintilante que se filtrava pelas folhas, perdido em seus pensamentos.

Você só precisa arrombá-los.

Estou arrombando-os. Há três dias. Posso andar descalço?

Seus lábios se curvaram um pouco enquanto Bella e Alice discutiam sobre os saltos que Alice havia escolhido para Bella, tendo se empolgado um pouco com os preparativos do casamento. Ela supôs que seria bom para a família deles - ter um grande casamento e convidar humanos normais também. Manter a aparência humana é um pouco melhor do que se casar em segredo.

— Ocupado, não é? — uma voz suave falou atrás dele.

Edward se virou para encontrar Kiara Black caminhando em sua direção, um sorriso sereno no rosto. Ela parecia mais relaxada ultimamente, embora Edward estivesse muito ciente de que ele era um fator importante para que seu irmão partisse sem se despedir. Ele não precisava ser capaz de ler os pensamentos dela para saber que ela não culpava ele ou Bella por isso - Kiara o lembrava todos os dias desde então.

— Kiara. — Edward cumprimentou-a com um aceno de cabeça. — Sim, é. Acho que Alice está gostando demais disso.

Ela se aproximou dele, seus olhos cheios de compreensão. — Nervoso?

Edward soltou uma risada triste. — É tão óbvio?

— Só para alguém que te conhece bem. — brincou Kiara, sabendo que eles não se conheciam muito bem. Kiara realmente não sabia muito sobre nenhum dos Cullen, mas isso era algo que ela estava tentando mudar ativamente. — Mas não se preocupe, Edward. O amor de Bella por você é tão forte quanto o vínculo entre a terra e o céu. Ela está escolhendo isso, tanto quanto você.

— Palavras sábias. — Edward refletiu, com um leve sorriso no rosto. — Comer um dicionário no café da manhã?

— Muito engraçado. — respondeu Kiara, ficando ao lado dele na varanda. Eles observaram Alice orientar seus irmãos com várias decorações de casamento, incluindo árvores inteiras. Kiara cantarolou uma pequena risada ao notar os olhares exasperados nos rostos de Rosalie, Beverly e Emmett enquanto eles moviam as árvores caídas.

Onde você os quer, chefe?

Em ambos os lados do corredor.

Que corredor?

Ninguém tem visão?

— Eu não quero que ela se arrependa disso, Kiara. Quero que ela tenha uma chance de uma vida humana normal. — Edward continuou, desviando a atenção dela da cena abaixo. Sua voz era suave, claramente limitando-a para que ninguém mais ouvisse a conversa.

Kiara inclinou a cabeça, seus olhos gentis. — Você, entre todas as pessoas, deveria saber que 'normal' é um termo relativo. Bella encontrou algo extraordinário em você. Algo pelo qual vale a pena deixar o mundo comum para trás.

Um sorriso apareceu nos lábios de Edward. — Você realmente tem jeito com as palavras hoje, Kiara.

Ela sorriu. — Vem com o território. Tenho feito a mediação entre lobos cabeça-quente e vampiros teimosos, lembra?

Ele olhou para longe, perdido em pensamentos. — Não consigo mais imaginar minha existência sem ela. Ela se tornou minha razão de tudo.

Kiara apertou seu braço suavemente. — E é exatamente isso que torna a sua história de amor tão profunda, Edward. Você encontrou algo que vale a pena valorizar por toda a eternidade. Eu queria que você soubesse - que a matilha ficará de olho se Bella for transformada.

Edward olhou para ela surpreso. Ele sabia que Sam havia mencionado isso para Carlisle, mas foi diferente ouvir isso confirmado pessoalmente.

— Jake não ficará feliz, mas se é isso que Bella quer, então vamos permitir.

— Mas o tratado...

— Foi violado muitas vezes desde que todos vocês voltaram para Forks. Rosalie e eu, Seth e Bree... Exceções podem e devem ser feitas às vezes, Ed. — Kiara respondeu, muito indiferente sobre a coisa toda. — Contanto que ela não cometa nenhum erro, ficará bem para nós.

Edward assentiu com um sorriso no rosto. — Nunca mais me chame de Ed.

— Negócio fechado.

O nervosismo de Edward começou a diminuir, substituído por um novo senso de propósito. As palavras de Kiara acenderam um fogo de confiança dentro dele - um fogo que ardia mais forte do que as dúvidas e medos que nublavam sua mente. Amanhã, ele estaria diante de Bella, com o coração aberto, e juraria seu amor por ela na frente de seus amigos e familiares. O início de seu pequeno pedaço para sempre.

Você, vá para casa e durma bastante. Isso é uma ordem.

Edward sorriu quando Alice olhou para os dois depois de dizer isso para Bella, levantando uma sobrancelha em desafio. Ele revirou os olhos quando ela saiu furiosa, virando-se para olhar para Kiara com um brilho nos olhos. Ele estava testemunhando o planejamento de Alice por muitas semanas, e ela não só estava se intrometendo no casamento, mas também se deu uma missão paralela no relacionamento de Kiara e Rosalie.

— Você deveria dormir um pouco também. Ela disse que você vai precisar.

— Sinistro, mas claro. — murmurou Kiara, revirando os olhos. — Vejo você amanhã, Sr. Swan.

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